Ontem a noite eu fui assistir “Tim Maia” no Cine Topázio no Shopping Jaraguá em Indaiatuba.
Eu dou uma nota 8, porque: estou realmente farta dos filmes brasileiros terem muitos palavrões… já tem drogas demais no filme, podiam ter maneirado um pouco. Parece que quiseram mais mostrar o lado obscuro do Tim, do que outra coisa. Talvez um pouco “demais”. Não desmerecendo a atuação fantástica de praticamente todo o elenco.
Eu tinha 12 anos quando Tim Maia morreu, eu gostava das músicas, e na época nem sabia como era a vida dele ou qualquer dessas histórias. Eu era só uma criança que gostava de um cantor… então fiquei um pouco decepcionada com o filme, pois faltou ressaltar a genialidade do cantor. E não apenas demonstrar seu lado ruim.
Mas o filme vale a pena… e mediante a ele, me veio outras questões. Tim Maia morreu aos 55 anos de parada cardíaca. Não foi para menos, era obeso mórbido, fumava, bebia e usava drogas exageradamente. Além de ter um temperamento explosivo e efusivo.
Steve Jobs faleceu aos 56 anos, devido a um câncer pancreático. Ele sempre foi super perfeccionista, também tinha o temperamento explosivo e vivia estressado.
Cazuza viveu intensamente sua juventude. Cheio de libertinagem e drogas também. Acabou morrendo devido a AIDS com apenas 32 anos.
Todos viraram filmes e todos tem um pouco em comum. Viveram desregradamente, sob estresse, sem se apegar a ninguém (especialmente Jobs) e morreram cedo. E ai me pergunto, será que realmente o emocional e tudo o que fazemos ao longo das nossas vidas pode desencadear doenças e outros males? Acredito que a gente colhe aquilo que planta.
Quem assistiu o filme Jobs, ou leu algo sobre a vida dele, sabe o quanto o cara era brilhante. Mas disso resultou uma teimosia sem precedentes, além de ser duro, rígido e não ter muitas emoções. Demorou anos até reconhecer a paternidade da filha, e nunca teve muitos amigos. Plantou discórdias, foi duro, grosso… e genial. E tudo isso resultou em um câncer pancreático terrível.
Já Cazuza e Tim Maia, pode não ter vindo suas doenças ligadas direto ao emocional. Mas acredito que isso influenciou bastante. Vejamos o Cazuza por exemplo, quantas pessoas com AIDS estão vivas, bem, e conseguem passar dos 50 anos? Hoje é grande parte.
Será que se o Tim não fosse tão cabeça-dura, fazendo exames, e não insistindo em subir no palco já com dores, talvez, ele ainda estivesse entre nós?
Eu não sei… é apenas uma reflexão… e ai?
Qual vida você quer viver?