Em vez de Milton Nascimento (licença médica), Maria Rita participara do Maio Musical em Indaiatuba

A cantora Maria Rita participará do 23º Maio Musical da Secretaria Municipal de Cultura com o novo show e CD “Coração a Batucar”, no dia 30 de maio, às 20h, na Sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, em Indaiatuba. O espetáculo desta data no festival seria estrelado inicialmente por Milton Nascimento mas, conforme informações da produção do artista, embora esteja bem de saúde, o cantor estará em licença médica no período e não poderá comparecer. As regras para a troca antecipada de ingressos para esta apresentação permanecem as mesmas. Os convites poderão ser retirados a partir de 18 de maio, segunda-feira, às 8h, no Centro de Convenções Aydil Bonachella, de segunda a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h, com a doação de 1 pacote de fraldas geriátricas por convite e o máximo de dois ingressos por pessoa. As fraldas serão revertidas para as entidades atendidas pelo Funssol (Fundo Social de Solidariedade de Indaiatuba). Informações (19) 3894-1867.

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Coração a Batucar – Maria Rita

Sete anos depois de Samba Meu, Maria Rita acaba de lançar Coração a Batucar, sua segunda incursão pelo mais brasileiro dos gêneros musicais. E antes mesmo de colocar o ‘bloco na rua’, ela já possuía mais de 80% do repertório do novo show. “Sou uma pessoa inquieta. Trabalhei durante três meses em sigilo absoluto e conforme o disco ia se desenhando, o show ganhava forma na minha cabeça. Agora faltam apenas os detalhes”, anunciou a cantora durante a maratona de entrevistas para o lançamento do álbum, que já se encontra disponível no iTunes e nas lojas físicas. Animada com o novo trabalho, a cantora conta que não pretende fazer deste show uma réplica do novo CD, mas o foco é o samba. “O samba permeia minha carreira desde o início. Por isso, além das novidades de Coração a Batucar, trago canções do Samba Meu e outras desses 12 anos de estrada. Sou madrinha de bloco, desfilo em escola de samba no Rio e em São Paulo. Já avisei no Facebook que esse disco é para se acabar de dançar, sair com bolha no pé”, brinca.

Maria Rita quer reproduzir no palco o clima que norteou a produção de Coração a Batucar, que foi gravado praticamente ao vivo, em uma autêntica roda de samba. “A nossa disposição no palco se dará de uma forma que a plateia poderá ver a minha interação com os músicos, sem que para isso eu precise estar de costas para o público”, antecipa.  Liderada por Davi Moraes (guitarra), a banda que a acompanhou em estúdio também vai para o palco, e conta ainda com Alberto Continentino (baixo), Rannieri de Oliveira (piano) e Wallace Santos (bateria).

Os figurinos são do estilista e parceiro de longa data, Fause Haten, que pela primeira vez, também assina os cenários de um show. A iluminação fica a cargo de Samuel Betts, o figurino da banda é de Gilda Midani, a execução da cenografia é da Tiba Produções, de Esequiel Jr. e Mara Cesar, e a produção geral é da Tribo Produções. “O cenário é surrealista e ao mesmo tempo minimalista. Está bem diferente de tudo o que já apresentei, mas é um show que poderei levar para qualquer lugar”, afirma.

Coração a Batucar começou a tomar forma quando Maria Rita foi convidada pela produção do festival Rock in Rio a montar show exclusivo para o palco Sunset, em 2013, e resolveu dar vazão à paixão por Luiz Gonzaga Jr, o Gonzaguinha. “Ali, o bicho pegou. Veio a reação da plateia… foi demais!”, recorda. Além disso, a repercussão de Samba Meu (seu primeiro álbum do gênero) nas redes sociais e os diversos prêmios recebidos – como o Grammy Latino de melhor álbum de samba – não deixaram dúvida. “Não posso dizer que comecei a fazer a pesquisa de repertório já pensando num disco de samba. Foi acontecendo.”

Puxado por Rumo ao infinito (Arlindo Cruz, Marcelinho Moreira e Fred Camacho), escolhida a primeira música de trabalho e em alta rotação nas rádios brasileiras, Coração a Batucar traz ainda a canção Meu Samba, sim, senhor, dos mesmos Marcelinho Moreira, Fred Camacho e Leandro Fab que abre o disco: “Mais uma vez/ Aqui estou/ Não vou negar/ Eu vou representar com todo meu amor/ Cantando por aí/ Levando a alegria pro meu povo/ Não há nada que me faça mais feliz/É tão encantador/ Meu samba, sim, senhor.”

O repertório traz ainda Fogo no paiol, de Rodrigo Maranhão, Abre o peito e chora (Serginho Meriti) e No meio do salão, de Maurílio de Oliveira e Everson Pessoa, do novo samba paulista da tradição do Samba da Vela. Do baú de Almir Guineto veio a bem humorada Saco cheio (Dona Fia e Marco Antonio). Os refrãos irresistíveis de Xande de Pilares e Gilson Bernini estão presentes em Bola pra frente e, também, emMainha me ensinou, canção que a dupla assina ao lado de Arlindo Cruz. E de Joyce Moreno recebeu uma espécie de declaração de princípios em No mistério do samba: “Que bom que é poder mergulhar no mistério do samba”.

Aos que perguntam se é uma volta ao samba, sete anos depois de seu primeiro trabalho dedicado integralmente ao gênero, Maria Rita responde primeiro com os versos de É corpo, é alma, é religião, a faixa de Arlindo Cruz, Rogê e Arlindo Neto, que encerra o disco: “Eu não nasci no samba, mas o samba nasceu em mim”. Depois, ela completa com a sua própria história: “É uma coisa intra-uterina. Minha mãe adorava sambas e gravou muitos. Eu sempre estive aqui. Não posso estar voltando de onde nunca saí”.

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