Tom Hanks esta com 59 anos e 2 Oscars (das 5 indicações que recebeu), um dos melhores atores da atualidade. Ele ainda aposta em filmes bons (ok, as vezes acontece um fiasco ou outro matadores de velhinha, mas ei, é Hollywood, é normal). E o consagrado diretor Steven Spielber, com 68 aninhos e 3 Oscars (e inúmeras indicações). Será que essa junção realmente ficou boa? Os sucessos anteriores da parceira como “Prenda-me se For Capaz”, “O Resgate do Soldado Ryan” e “O Terminal”, levam a crer que sim.
Em “Ponte de Espiões” temos Steven Spielber dirigindo Tom Hanks em uma história real que aconteceu durante a Guerra Fria. Hanks é o advogado James Donovan, especialista em seguros. E é solicitado para defender Rudolf Abel, um homem acusado de ser espião soviético, capturado nos Estados Unidos. Vários advogados (talvez com uma ética duvidosa), teriam simplesmente “defendido” apenas para mostrar que o espião merecia a defesa. Porém Donavan acredita realmente que todo ser humano merece defesa, e em uma primeira reviravolta, o advogado consegue livrar Abel da pena de morte.
E este feito marcou sua carreira e a vida de sua família. Ainda assim Donavan é novamente solicitado para intermediar na Alemanha (assolada pela Guerra, e em plena construção do Muro de Berlin) a troca de Abel com o recém-capturado piloto das Forças Aéreas Americanas, Francis Gary Powers. Só que na confusão, um estudante, Frederic L. Pryor, foi capturado sem querer. Sabe a expressão “lugar errado, na hora errada”? Resume Pryor nessa história (que é verídica… coitado!).
Ou seja, a gente sabe que o Donavan vai conseguir o que quer desde o começo! Mas vamos combinar, filme baseado em fatos, pode ser acusado de “previsível”? Pô, se tivesse dado errado essa troca, você acha mesmo que Spielberg iria conseguir dinheiro de Hollywood para fazer um filme que os EUA se ferram? Então para quem me falou que o desfecho desse filme era “óbvio”, só me resta dizer: “d’oh”.
O importante desse tipo de filme não é o desfecho em si, mas como cada personagem chega nele. Os diálogos persuasivos de Donavan são brilhantes, toda a atuação de Hanks é. E a forma como ele conduz o filme é interessante.
Então eu gostei de Ponte de Espiões, acredito ser a melhor trama de guerra que já assisti esse ano. E é isso!
Pra quem assistiu, podem me escrever falando que gostaram. Para quem não assistiu, e gosta desse tipo de filme, assista! Vale super a pena! Só lembrando: é um filme baseado na realidade, não tem carros voadores, não tem perseguição e nem bang bang. Querem ver “espião” e “ação” na mesma frase? Estreou essa semana o novo 007! Que logo mais eu escrevo a crítica aqui no Blog Favoritos ♥