Sexta-feira eu fui assistir ao filme A Garota Dinamarquesa. Afinal, a corrida do Oscar se aproxima (e semana que vem tem vídeo do Oscar!). E definitivamente, Eddie Redmayne é um ator super talentoso. Depois de ver O Regresso e A Garota Dinamarquesa, fico em sérias dúvidas de qual vai ganhar o Oscar de Melhor Ator esse ano.
O filme conta a história de Einar Mogens Wegener, que foi a primeira transsexual do mundo. No fim de sua vida, ficou conhecida como Lili Elbe. Isso aconteceu por volta de 1920. E claro, não podemos deixar de mencionar a brilhante Alicia Vikander, que interpretou Gerda Wegener, esposa de Einar, que esteve ao seu lado em todos os momentos, desde a descoberta de Lili, até suas cirurgias. Inclusive, Gerda realmente é uma fortíssima candidata ao Oscar de Atriz Coadjuvante. O figurino ficou belíssimo, as roupas são ricas em detalhes, e ajudam a contar parte da história.
O filme é bom. Mas talvez peca pelo excesso de delicadeza, tornando-o cansativo em alguns momentos. A única cena realmente chocante foi quando Einar fica nu, e esconde o próprio órgão sexual. Mas tirando isso, o filme ficou muito romanceado. Faltou falar um pouco mais das intrigas, afinal, em 2 horas de filme, ele ter sido só discriminado uma vez, parece que faltou algo aí. Não estou falando em violência, mas pela história real, pela época, houve uma discriminação maior.
Outro detalhe importante: Lili só veio a falecer na quinta cirurgia (e não na segunda, como parece no filme). Outro fato importante que acho que deveria ter sido mencionado no filme é que Elbe era intersexual, e tinha características tanto masculinas como femininas (ele ter pesquisado sobre o tema na biblioteca não é o mesmo que afirmar esse fato). Talvez se essas coisas tivessem sido inseridas no filme, ele teria ganhado mais movimento e ai sim, seria mais empolgante.
Mas é isso, o filme vale a pena ver, mais pela excelente atuação de Eddie, porém como fato histórico, podia ser melhor.
A Garota Dinamarquesa
Diretor: Tom Hooper
Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard, Ben Whishaw e Matthias Schoenaerts
Nota: 3,5/5