Um passeio, uma incoerência, um descaso, um preconceito… tudo isso em uma saída no final de semana… porque julgam tanto pelo modelo do carro?
Esse final de semana fui em um evento super bacana (não vou citar o nome do evento, pois não vem ao caso, já que o erro foi do cuidador de carros) no qual havia uma pessoa para cuidar de carros. Entre tantos convidados, haviam carros bem chamativos, alguns 4×4, SUV, e o meu “simples” carro de passeio hatch.
Logo na entrada, a pessoa encarregada de ajudar com os carros, praticamente ignorou a existência minha e de meu marido. Achamos um lugar, paramos, curtimos o evento. Gastamos $$ no evento e foi tudo lindo. Até que na saída aconteceu o verdadeiro problema. O carro atrás do nosso, tinha estacionado com o bicão dele pra frente, o que dificultou nossa saída, e a pessoa que deveria ajudar, não ajudou. Detalhe: o carro “folgado” também era um desses acima de R$60 mil, diferente do meu.
Na hora que conseguimos sair da vaga apertada, meu marido estava saindo do estacionamento. E como o carro estava de costas para a rua, tivemos que sair de ré. Para entrarmos na rua de frente, demos ré para um lado, para seguir para o outro.Nessa hora, o cavaleiro branco reluzente herói dos “carros melhores”, apareceu, mandou a gente parar para que 3 carros (acima dos 60 mil), saíssem. E deixando nós, com nosso carro de passeio, ficar esperando, enquanto os outros podiam atrapalhar o transito (afinal, atrás do meu carro, começou a ter outros). E deixando a gente que só queria ir embora, esperando… Olha a tamanha folga do guardador de carros! A gente já estava saindo, nós não iamos atrapalhar ninguém, o carro que estava vindo devagar para sair, não ia se prejudicar no tempo… mas ele teve que para a gente, que estávamos quase indo embora!
E agora eu te pergunto: porque?
Eu fui no evento como todos, participei, GASTEI, e porque o meu carro não é tão… chamativo $$$ como outros, eu sou pior? Eu mereço esperar, sendo que na lógica, se ele não tivesse nos bloqueado, NINGUÉM teria ficado esperado?
Eu tive a sorte de conhecer um bom amigo em Belo Horizonte, que andava de fusca, chinelo, bermuda e camiseta… e ele era filho de um dos caras mais ricos da região, e morava em uma mansão cheio de carros importados. Ou seja, se ele tivesse aparecido com seu fusca, ele seria tratado como eu fui? Provavelmente, já que o carro ali era o que importava.
Eu não sou rica, realmente e não tenho condições de ter um carro acima dos 60 mil. E nem quero, carros não são nem a paixão do meu marido e nem minha. Mas eu fui uma convidada, que gastei dinheiro, assim como todos os outros… e essa é a maneira que sou tratada? Alias… é essa distinção preconceituosa que muitas pessoas são tratadas?
O problema não sou “eu”, mas o pensamento limitado do funcionário. Me digam… o que ele ganhou a mais por ser bajulador de carros “melhores”?
Só começar a semana com um pensamento: o que qualquer pessoa ganha achando que alguns seres humanos são melhores que outros??? Preconceitos, pensamentos limitados e falta de educação começam quando se faz diferença entre um ser humano e outro, conforme suas posses e aparências…
#facepalm