O bom senso sempre deve fazer parte de nossas vidas, inclusive nos jogos que jogamos e nas amizades que fazemos.
Notícia veiculada pelo G1: “Menino morre após partida de game online e amigos notam pela webcam“
Pois bem, a notícia causa impacto, é triste e com certeza acaba com a credibilidade de muitos games e gamers. Mas não devemos nos deixar levar por nossas primeiras impressões e vou explicar o porquê.
Uma das impressões que isso causa é que o jogo é violento. Isso é um ABSURDO! Os jogos podem sim ter temas violentos, mas não são eles que mandam as pessoas se agredirem. “Amigos”, “família” dentre outras “pessoas” induzem a violência, o preconceito e a necessidade de ser aceito em um determinado grupo. Um bom exemplo disso é dizer que só por ter jogado batalha naval, eu vou sair por aí afundando navios!
Outro fato importante é que o garoto jogava League of Legends. Um MMORPG, ou seja, um RPG online multiplayer onde seu personagem pode tomar algumas decisões que vão direcionar a “sequência” do jogo. Com isso, alguns falsos moralistas vão dizer que RPG é má influência. E vou pedir para que você, caro leitor, lembre-se que se alguma vez participou de festa à fantasia, brincou de casinha, ou polícia e ladrão, ou qualquer jogo onde houve a necessidade de imitar algo ou alguém… Sinto informá-lo que você já jogou RPG! E isso não é ruim! Mas deve ser bem direcionado.
Isso remete ao antigo caso do jogo/desenho Dungeons & Dragons, conhecido no Brasil como Caverna do Dragão. Onde um dos ativistas mais ávidos por boicotar o jogo e o desenho foi um “médico-psiquiatra” chamado Thomas Radecki. Ele era muito influente na época e foi condenado em 2011 por abuso sexual dos seus pacientes. E eu pergunto se ele realmente não usava a “boa índole” para desviar a atenção e mascarar o monstro que ele é!
Mas vamos voltar ao item principal! Não foi a violência do jogo que matou o garoto e nem o fato de ser um RPG, então vamos ver a outra parte. É MULTIPLAYER, ou seja, vários jogadores que são seus “amigos” da vida real.
Na opinião deste rpgista, que já teve sua cota de bullying preenchida desde a infância (agradeço aos meus “amigos” por isso). O que matou esse adolescente foi a necessidade de ser aceito pelos outros. Os pseudo-amigos deram uma punição por ter perdido um desafio, e isso levou-o à óbito.
E vale lembrar que o jogo da asfixia (choking game) foi a causa da morte do ator David Carradine, e ele estava ciente dos riscos quando o fez. Um ADULTO, que deveria ter consciência e maturidade nos seus atos, e não teve. Coisa que uma criança/adolescente NÃO tem!! Isto é extremamente perigoso, e está “substituindo” o efeito das drogas. Por isso tem ganhado adeptos infanto-juvenis e por conta deste caso, outros vídeos de indução de asfixia apareceram na internet.
A melhor forma de combater essa atrocidade é termos pais mais presentes. Sabendo dosar a liberdade dos filhos, sem proibições desnecessárias, mas com responsabilidades gradativas. Na dúvida, um psicólogo é aconselhável para TODA a família.
Quase todo adolescente acha que pode ser um super-herói, com isso aceita algumas “brincadeiras e desafios” como se fossem naturais. Cabe aos pais, conversar e ensinar sobre os perigos que os rodeiam.